terça-feira, 6 de maio de 2008

Um dia para não esquecer

Que dia mais estranho. Aliás, que últimos dias mais estranhos. Aqui vai um relato da saga.

QUINTA-FEIRA, feriado, 01 de Maio, dia do trabalhador, dia dos 14 anos da morte de Ayrton Senna: acordo às 9 horas da manhã, mais ou menos, como um pão com mortadela para acentuar minha drástica mudança e começo a arrumar as coisas. Hoje é dia de mudança mesmo, mudança de casa, dia de sair da casa da minha tia para morar na casa da minha segunda mãe (esta é uma história longa que não vem agora ao caso, mas só para vossa curiosidade, minha mãe de verdade não morreu e eu a amo de paixão). Colocar roupas na mala, despendurar os quadros cheios de fotografias das paredes, arrumar os livros, os sapatos, os outros livros, as pastas, as almofadas e mais livros e livros. Descer as escadas com a parafernalha de coisas, colocar no meu ford ka minúsculo e seguir. Estou me mudando para bem perto, para duas ruas de distância. Mas mudança cansa.

Enfim mudada, depois de subir um vão de escadas com toda a tralha que acumulei na vida, fecho a porta, sem trancar e vou tomar banho para sair com a amiga e me divertir. Apesar das pernas estarem um caco, insisto em sair.

Downtown, 23h, chove intensamente e eu estou no meu carrinho trancada com a minha tia e minha amiga (a extra-terrena). Elas não podem levar chuva para não estragar o visual. Eu não posso para não estragar o humor. Dançar, dançar, dançar. Ninguém em sã consciência poderia imaginar que em cima de um salto de 10 cm estava uma pessoa que passou o dia subindo e descendo escadas carregada de mudança, no caso eu.

A partir da 1 e 30 da manhã a história já não interessa a ninguém, a não ser a mim claro.

SEXTA-FEIRA, 02 de Maio, imprensado, o feriado merecido para se recuperar do verdadeiro feriado. O sol intenso queima qualquer pupila, principalmente a minha. Vou dormir às 7 da manhã. Dança destrói qualquer pessoa. Acordo às 11. Como, vejo emails, orkut e essas coisas e volto a dormir. Acordo às 17h, vejo email, orkut e essas coisas, falo no msn e volto a dormir. Acordo no dia seguinte.

SÁBADO, 03 de Maio. Decido sair da minha nova casa, por que até então ainda estava na casa da minha tia, e me apercebo que perdi a chave. Juntei umas roupas, um tênis e um chinelo e saí. Deixei a porta no pega-ladrão e usei uma chave que havia na cozinha. Mas ao sair percebi que não teria como voltar por que o portão do prédio tem chave e o hall do prédio também. Peguei pouca roupa, portanto. 15 chamadas não atendidas no meu celular que teimou em não ligar o dia todo. Importante.
Cine-PE com a amiga, e todo aquele texto de crítica cinematográfica que vocês já leram.

DOMINGO, 04 de Maio. Nada o dia todo. Internet, msn, orkut. Diálogos importantes. Cine-PE com a mesma roupa do dia anterior. Pipocas de chocolate com leite moça. Filme “Chega de Saudade” (muito bom).

SEGUNDA-FEIRA, 05 de Maio. Reunião de toda a agência. Descubro que perdi minha carteira no Cine-PE, mas que encontraram com todos os documentos. Pobre de quem encontrou: nem um puto tinha dentro dela. Vou ao centro de convenções buscar. Perco temporariamente o celular, sem me aperceber. 17:25h, 3 chamadas não atendidas. Importante. Achei o celular, mas o carro não pega. Ainda bem que trabalho na rua da minha nova casa. Nada de faculdade hoje. Vou para casa, recebo uma ligação e algumas mensagens. Importante. Pinto as unhas, bato um papo e vou escrever para ir dormir.

Amanhã, ou quem sabe depois de amanhã, ou semana que vem, ou daqui a 15 dias ou um mês eu consiga perceber que estou perdendo muitas coisas em poucos dias, para ganhar outras ainda melhores para sempre.

Auf Wiedersehen.


CRÉDITOS

À minha mãe que existe para que eu possa saber o que é amar acima de todas as coisas,
A Cata por catar flechinhas, (visitem: www.catacoisas.blogspot.com)
Ao senhor Carlos Cordeiro que encontrou minha carteira,
Aos jornais, por terem horóscopos mentirosos que sempre advinham a vida da gente.

1 comentário:

catarina souto disse...

carambus, puts, to devendo o cata flechinhas... pera láaa!