sexta-feira, 30 de maio de 2008

JUNG: Novos arquétipos para você se atualizar!

Trabalho de psicologia. Tive que pesquisar, ler e observar bastante os seres humanos para fazer uma contextualização do meu trabalho que teve uma abordagem na psicologia analítica do saudoso JUNG. Na verdade o tema aprofundado foi sobre o ‘AMOR ROMÂNTICO”, mas isso será comentado com mais emoção em um outro post.
Inconsciente coletivo, arquétipos, persona, anima, animus... Ufa. Usei as lentes de Jung e depois que apresentei o trabalho começei a enxergar tudo com mais clareza, observei tanto que descobri novos arquétipos então achei que deveria dividir essa experiência com vocês.
Não são todos, mas estes a seguir são alguns dos que observei em nossa atualidade ocidental.
ATENÇÂO:Qualquer semelhança com vocês na descrição destes arquétipos poderão ser mera coincidência

*BAD KID PAMONHA – É aquele cara que é aparentemente um “bad boy”, fala grosso, É grosso, brigão, machista mas consegue mudar completamente para a versão pamonha quando se apaixona por uma bonitinha, mas ordinária. Esse tipo se sujeita a coisas inacreditáveis, inclusive ser traído, tudo para ter ao lado uma mulher que ele considera irresistível, sendo assim, precisa dela para carrega-la como seu troféu.

*BONITINHA, MAS ORDINÁRIA –Fútil, vazia e interesseira. É aquele tipo que usa de sua beleza e oportunismo para conseguir tudo o que quer das pessoas ao seu redor. Seja de amigos, família, namorados ricos,( preferencialmente os bad kid pamonhão) e até mesmo desconhecidos que não resistem a um lindo rostinho e não dão a mínima mesmo para o tal do caráter.

*PRATO DE PAPA- Esses são aqueles que julgam, criticam, falam bonito e dão conselhos de como as coisas deveriam ser (teoricamente), mas basta a tal coisa acontecer com eles na prática que eles são os primeiros a contrariar todos os seus princípios e além de não fazerem o que dizem, acabam mesmo é não fazendo “NADA”.

*PROBLEMÁTICO BEM RESOLVIDO – É o tipico cara que se diz bem resolvido amorosamente (especialmente quando se trata do seu último relacionamento), que diz ter superado todos os traumas, a separação e a falta daquela pessoa que não correspondeu as suas expectativas, mas basta que seu atual relacionamento dê pequenos sinais de semelhança com o anterior para que ele pire o cabeção e resolva se afastar, alegando o motivo mais idiota possível.

SOBRENOME SEM SAL – São aquelas mulheres discretas,certinhas, fresquinhas, apagadinhas, muito, mais muito parecidas com a mãe de todos os homens e que por esse motivo despertam neles a vontade de voltar para o útero aconchegante, mas não sendo possível voltar para o útero, eles se contentam com o colo,o ombro e outras partes dessas pessoas que mesmo ‘sem sal’ possuem um sobrenome.

*PROSTITUTO – Sim, agora existe uma versão masculina com algumas diferenciações da tradicional. Ele não cobra pela noite, ele é quem paga o motel, ele não usa as mulheres porque na verdade é usado por elas e é justamente em ser homem objeto que consiste o seu maior prazer. O grande problema é que ele não tem o mínimo critério na escolha de suas parceiras ( ou melhor, na hora de ser escolhido ).

OBS: Muito preocupada com minhas colegas terráqueas, resolvi apenas para esse tipo, abrir uma exceção de meus dons psicológicos que foram externizados pelas lentes do brother JUNG:
BULA PARA O PROSTITUTO:
NOME CIÊNTÍFICO: Homem Objeto

INDICAÇÕES:
Ele é ótimo para ser usado em vingança de casais em conflito, provocar ciúme em pretendentes, para adquirir status, para momentos de carência total e também indicado para quando você não tá afim de fazer doce para “uma noite e nada mais”. Não precisa contar toda a sua vida ou esperar que ele te ligue marcando um primeiro encontro, beije-o primeiro e depois pergunte seu nome. (Ou não pergunte... ahh.. )

CONTRA-INDICAÇÕES:
Para você mulher que se apaixona com muita facilidade, romantiza as situações, é muito frágil, sensível e sempre espera que ele ligue no dia seguinte, saiba que este tipo não tem nada a oferecer além de seu corpinho lindo e apenas por um tempo curtíssimo. Dificilmente ele irá repetir essa experiência com você, até porque ele adora colecionar figurinhas (no caso calçinhas..) então terá que variar bastante para completar seu albúm de inúmeras páginas.

PRECAUÇÕES:
Não se apaixone. E use camisinha.


EXTRA-TERRENAS: São mulheres exceções que se diferenciam no meio a tantas terráqueas, e que, por NÃO serem terráqueas, confundem tanto a cabeçinha dos terráqueos ocidentais da atualidade. Elas sentem uma enorme dificuldade em se comunicar com as pessoas de seu convívio, em especial com os do sexo oposto que não conseguem compreender de onde saíram pessoas tão “diferentes”e ao mesmo tempo especiais. São bonitas, inteligentes, independentes, engraçadas, perspicazes, criativas (algumas trabalham com publicidade ), enfim, são REAIS, mas tanta excêntricidade provavelmente deve assustar alguns tipinhos que devem pensar na famosa frase:“É muito bom pra ser verdade!”e quando isso acontece com os descrentes, eles se afastam, e com os que acreditam parcialmente ou totalmente acaba sendo muito difícil ter ao lado uma pessoa tão EXTRAordinária, logo eles se afastam do mesmo jeito...
CONSELHO: Não quebrem a cabeça tentando entende-las ou decifra-las, apenas aprendam a apreciar a convivência e a ótima influência. Elas conseguem entender muito bem vocês, acho que isso basta.

JUNG: Posso ficar com seu óculos?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Contexto

O suor escorre pelo rosto,
Os olhos apertam,
Os corpos estão frenéticos
e ofegantes.

- vai, vai, vai…
- uhhhhhhh
- safado!
- vai com tudo, vai com tudo…
- atrás, atrás!
- olha a mãoooo, não bota a mãooo…
- uhhhhhhhhh
-ahhhhhhh
- meu deussss…
- animal ! Seu animal!
-seguuuraaaa…
- uhhhhhhh
- vai, vai, avança..
- continuaaaa…
- aaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh

e é golllllllll !!! É do Brasil sil sil sil…

Partida de futebol é assim mesmo,
sem o contexto o texto é muito gozado.


CRÉDITOS

A Galvão Bueno que narra o desfecho deste clímax.

Bureau de Criação - Pequenas Crônicas - Parte II

Só para situar os leitores, Cássio é um publicitário e Ricardo um advogado. Cássio e Ricardo como sempre, dividem o quarto e o beliche. Cássio na cama de cima, Ricardo na cama de baixo. São irmãos, vivem debaixo da saia da mãe. Ricardo é advogado de porta de cadeia e Cássio tem um bureau de criação composto de duas pessoas o que, na prática, significa que ele tem um dupla com cadastro de pessoa jurídica. O bureau de criação de Cássio, na prática, também não é muita coisa. Ele atende o telefone dizendo:

- “Bureau de Criação, bom dia”

quando na verdade ele está atendendo o telefone de casa mesmo. Dona Zita, mãe de Cássio, quando atende o telefone faz as vezes de uma suposta secretária, para dar mais pompa e credibilidade ao bureau. Seu Carlos, o pai, desempenha o papel de gerente administrativo e Ricardo simplesmente não atende o telefone.
A tática de Cássio, para dar mais glamour ao seu bureau e os clientes jurarem que eles são realmente muito ocupados, é deixar o telefone de casa fora do gancho e o celular desligado ou fora da área de corbertura.

- “ Ah seu Natércio, me desculpe, realmente estavamos em reunião por telefone com um cliente importantíssimo e meu sócio está em São Paulo. O senhor sabe né, com aquela fumaça fica difícil um celular pegar lá, é muita interferência.”

Outra técnica incrível que Cássio aplica é abusar da personalização no atendimento do cliente, quando na verdade ele o faz por não ter nenhuma estrutura para receber esse cliente. Um quarto com um beliche não é glamuroso.

- “Bom dia Zita, por favor ligue para o senhor Natércio e diga a ele que assim que pudermos marcar uma reunião, faço questão de ir onde ele estiver. Assim que ele responder, a senhora por favor transfira a ligação pro meu ramal.”

- Meu filho, venha tomar seu café da manhã e pare de ocupar a linha do telefone falando besteira.



CRÉDITOS

Aos bureaus de criação construídos na sala da casa da mãe.
Às duplas de criação.
Às Donas Zitas que devem existir aos montes.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Gabriela, a caridosa, Ritinha a perigosa


Enquanto acendia um cigarro Gabriela assistia, quase sem piscar, o rumo que tomava a sua vida. Sempre passiva, quase vagarosa, Gabriela simplesmente não reagia às desditas de Ritinha, sua irmã mais nova. Ritinha sugava tudo o que havia em Gabriela. Sugava o sossego, o tempo, a paz e o dinheiro. Gabriela sempre cedia sem porfia.
Um dia Ritinha roubou de Gabriela o namorado, Antônio Carlos. No outro dia roubou as amigas, Marta e Luzia. No outro o cãozinho Pantopaz. Na outra semana, Ritinha imperdoável, roubou as roupas de Gabriela, e todos os seus sapatos, bolsas, batons e presilhas. E a tudo Gabriela assistia, quase sem piscar e sem porfia, o rumo que tomava a sua vida. Ritinha roubou os discos de vinil, as almofadas, cartas e fotografias do quarto. E Gabriela continuava fumando seus cigarros. Ritinha roubou os incensos, os bonecos de pelúcia, os bibelôs e os cortinados. Ao que Gariela respondia com a inerte fumaça do tabaco.

Um dia, porém, Ritinha cansou de roubar e, pela primeira vez, fez um pedido a Gabriela:


- Gabriela, dá-me um cigarro.


E Gabriela deu. Deu o cigarro, o isqueiro e os pulmões. Quanta caridade.




Auf wiedersehen.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Dona dos Vícios Parte II

Eu tenho mania de pintar as unhas
mania de dizer que alguém se parece com alguém
buscar fisionomias semelhantes
beber ice-tea de pêssego
comer toneladas de salada
mania de ir na contra-mão do mundo
mania de chamar as pessoas de xuxu
mania de fotografia
mania de falar com os cães como se me entendessem
mania de não usar azul (tema para um próximo post)
mania de cremes hidratantes
mania de ouvir muito pouca música
mania de dançar mesmo sem música
mania de ser teimosa
mania de ser seletiva
mania de ser complicada
mania de não saber fazer contas
mania de perder as coisas e de ser totalmente atrapalhada
mania de esquecer de tudo e no final tudo dar certo
mania de falar palavrão
mania de me apegar fácil
de adorar fácil
mania de me sentir a dona de todos os vícios
e de poucas virtudes
mania de adorar esse excesso de defeitos
mania de escrever.

e você, qual a sua mania?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Wish List (Pearl Jam)

I wish I was a neutron bomb, for once I could go off.
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on.
I wish I was a sentimental ornament you hung on
The christmas tree, I wish I was the star that went on top,
I wish I was the evidence
I wish I was the grounds for fifty million hands up raised and opened toward the sky.

I wish I was a sailor with someone who waited for me.
I wish I was as fortunate, as fortunate as me.
I wish I was a messenger, and all the news is good.
I wish I was the full moon shining off your camaro's hood.

I wish I was an alien, at home behind the sun,
I wish I was the souvenir you kept your house key on.
I wish I was the pedal break that you depended on.
I wish I was the verb to trust, and never let you down.

I wish I was the radio song, the one that you turned up,
I wish, I wish, I wish, I wish,
I guess it never stops.


CRÉDITOS

A Eddie Vedder.

Folhas secas

Folhas secas
flutuam
em algum lugar lá fora.
o frio das finas mãos
flutuam
nos teus flancos.
é fácil deixar pra sempre
a vida lá fora.
é mais difícil ainda ficar
pra sempre nesse conto
de fadas.
das folhas aos flancos
são distantes os caminhos
e esses sempre intocáveis.
o meu caminho são os flancos,
aqui dentro.
o teu são as folhas,
lá fora.


CRÉDITOS

Aos flancos,
Às folhas,
À minha irmã Aimara que ama poemas.

Dona dos Vícios

Um dos meus vícios é escrever.

As borboletas se foram. Deram lugar ao vazio. Ainda bem que foi cedo e foi logo por que acabam-se as expectativas. Quando dois mundos se chocam de tal modo que o atrito os impede de algum dia conviverem em paz é essa a hora de desviar a rota, de evitar o impacto. Ainda assim é ruim a sensação de se ver fora da órbita na qual estamos traçando um caminho. Se ver impossibilitada, por uma força maior, muito maior, esmagadoramente maior é, no mínimo, uma constatação de fraqueza e no máximo uma grande perda. Hoje só falo por parábolas, que entenda quem quiser. Hoje e sempre serei a dona de todos os vícios e todos os pecados, menos o pecado de trair a mim mesma.

CRÉDITOS

Aos que compreendem parábolas.


Auf wiedersehen

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A estrela do nosso pulso

Eu tenho uma estrela no pulso. E minha irmã mais nova, Aimara, também. Fizemos para selar de vez nossa condição de irmãs. Hoje recebo dela este email, que me fez cair em lágrimas em plena agência, que me fez perceber que as melhores surpresas e os melhores presentes podem vir nas palavras de um email aparentemente banal:

"Hoje olhei para a minha estrela, e, pela primeira vez em sei lá quanto tempo, lembrei-me do por que de ela estar aqui.

Daqui a 5 meses voltaremos a fazer batidos e a bebê-los à beirinha da piscina, voltaremos a ficar horas a falar daquelas coisas que só nós três compreendemos umas nas outras, voltaremos a ser o trio fantástico, as charlie's angels de um metro e meio, voltaremos a ser tudo aquilo que somos quando estamos juntas, e que é impossível de ser quando falta uma." (Aimara)

Nunca, na minha vida, recebi um email tão lindo.

CRÉDITOS

À minha irmã Aimara, pelas palavras, pelo amor, cumplicidade, simplicidade, companheirismo, ternura, dedicação e por ter tatuado a minha estrela no seu braço. Por tudo, te amo.
À minha mãe por sempre ser o elo que nos une.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Posts

Desculpem pela quantidade incrível de posts atrasados.

Jesus das Parábolas, Janaína das Metáforas

Este post não tem nada a ver com Jesus. Desculpem se desapontei. “Não se usa o nome dele em vão”, podem dizer alguns. Mas não é em vão, é em nome da minha mais-que-tudo amiga e para ela eu uso o que eu quiser e usei só como ritmo para o meu título.
Tudo começou domingo, no Mc Donald’s, depois de passarmos o dia gastando o que não tinhamos no shopping. Janaína é como eu: come o sanduíche em círculos de forma que o meio do sanduíche fique por último, intacto, pronto para ser a última e mais recheada mordida. E eis que Jana pára, entre uma dentada e outra, e começa a olhar para sei lá onde. Na hora não percebi, continuei a falar sbrubles e ela continuou absorta em seus pensamentos. E de repente Janaína a extra-terrena filósofa, através de uma metáfora incrível sobre a vida, na perspectiva de quem come um sanduíche como nós, sai com esta máxima:

“ Comece pelo fim, ou até pelo começo, mas deixe o meio para o fim, por que o meio é a melhor parte.”

Agora abstraiam que isto tudo é um sanduíche e apliquem ao amor. Quem quiser que compreenda. Eu fiz a minha parte: compreendi.


CRÉDITOS

A Janaína, por comer sanduíches igual a mim,
Aos redatores que escrevem smiles em vez de palavras,
Ao Mc Donald’s pelo Duble Cheese.

Cortinas


Tem dias no ano, mas só alguns dias, em que qualquer pessoa pode acordar com qualquer compulsão. Não precisa ser apenas uma, podem ser várias no mesmo dia, que vão se desencadeando e tomando a vez da anterior quando esta é cumprida. Comigo foi assim ontem.

COMPULSÃO POR CORTINAS

Acordei com uma vontade inadiável de colocar cortinas no quarto. Tenho duas janelas no quarto através das quais Boa Viagem inteira pode me ver. São realmente janelas indiscretas. Uma dá para um prédio inteiro, a outra dá para duas varandas do prédio vizinho. Começo o dia realmente incomodada por ver a vida dos outros tão de perto e por ter a minha vida vista. Preciso comprar cortinas. Dia de ir ao shopping com a amiga, comprar as benditas cortinas, custe o que custar.

COMPULSÃO POR CONTAS

Ah sim, além das cortinas tenho de aproveitar o dia para pagar todas as contas que só posso pagar no shopping. Contas que dizem respeito a outro dia em que surgiram compulsões por roupas. Na verdade a compulsão começou pela minha mais-que-tudo redatora que precisava comprar roupas: ela não levou nada e eu comprei três peças. A outra compra, cuja conta eu tinha de pagar também, foi uma compulsão por calças, mas disso eu precisava.

COMPULSÃO POR SAPATOS

Sim eu sofro disso. Por mais que tenha sapatos de todas as cores, simplesmente nunca acho suficiente o que tenho. Por mais que eu tenha também apenas dois pés, eu pareço ter exatamente: 60. Sim, 30 pares de sapato por que já dei uns 10 pares só este ano. Então hoje foram 3 pares. Ainda bem que estavam em promoção por que por mais que eu tenha 60 pés, eles estão todos no chão.
Um scarpin rosa da barbie. Uma sapatilha prateada exatamente igual a uma que comprei no ano passado, na mesma loja e que eu, de tanto usar, já tinha desintegrado. Uma outra sapatilha azul ultra-mar. Adoro sapatos coloridos.

COMPULSÃO POR CORTINAS

A última coisa que fui procurar na shopping foi justamente a coisa que me levou ao shopping: as cortinhas. Jurandir Pires, não tinha cortinas largas, só compridas.
Não tinha o tubo ajustável à janela que eu tanto precisava para colocar a cortina sem precisar de furar paredes. Destino: Tok Stok. Encontrei os tubos, R$ 19,90 cada. Uma pechincha.

COMPULSÃO POR CHOCOLATE

Eu precisava comprar uma caixinha de chocolates que prometi a alguém. Mas não podia ser qualquer chocolate, então escolhi um que eu adoro: simples, ao leite, mas da Cia. do Cacau. Podia ter sido o meu preferido, Ferrero Rocher, mas isso fica para depois.

COMPULSÃO POR MC DONALD’S

Só tinha R$ 10,00 na carteira.
-Uma Mc Oferta Duble Cheese, com verdura e a bebida é coca-cola, por favor.
A outra extraterrena pediu uma Mc Oferta Cheddar.
Fomos nos entupir de porcaria e filosofar. A filosofia é tema para o próximo post.

COMPULSÃO POR PROJETO DE PESQUISA

Sim, precisava de um livro sobre ilustração publicitária, precisava mais que nunca desenvolver meu pré-projeto de pesquisa em cima disso, mas não há, na bibliografia da Livraria Saraiva, sequer da Livraria Cultura, alguma obra que aborde esse tema. Meu sonho é escrever um livro, mas não para hoje. Decidi mudar o tema do pré-projeto. Não quero ser eu, com meus parcos conhecimentos, a inaugurar uma obra do gênero.

COMPULSÃO POR CORTINAS

Pensaram que tinha acabado? Não. Não encontrei as cortinas no shopping, mas como acordei, desenvolvi mil compulsões e não resolvi justamente a que mais me incomodava, decidi que era hora de pôr as mãos na massa. Fui para casa da minha avó, peguei em dois pedaços de pano e fiz as cortinas. Eu fiz as cortinas.
Rosa barbie, para combinar com os sapatos.

CRÉDITOS

À minha melhor amiga e extraterrena, por passar 6 horas comigo no shopping,
À Tok Stok por ter os varões de cortina que eu tanto queria.

Auf wiedersehen.

Sei mais

Sei mais de música que de publicidade,
Sei mais de arte que de publicidade,
Sei mais de filmes que de publicidade,
Sei mais de amor que de publicidade,
Sei mais de II Guerra Mundial que de publicidade
Sei mais de cores que de publicidade,
Sei mais de biologia marinha que de publicidade,
Sei mais de carinho que de publicidade,
Sei mais de literatura que de publicidade,
Sei mais de gramática que de publicidade,
Sei mais de nutrição que de publicidade,
Sei mais de maquiagem que de publicidade,
Sei mais de Portugal que de publicidade,
Mas sei mais de publicidade do que sei de borboletas.

CRÉDITOS

Aos publicitários que não conheço,
Às peças que não conheço,
Às agências que não conheço,
A toda a minha ignorância que não conheço.

Auf wiedersehen.

Bola de Neve

Qualquer fenômeno, de qualquer espécie, que aconteça a qualquer pessoa, em qualquer lugar, dia ou hora, pode se transformar numa situação fora de controle, uma bola de neve em que nos envolvemos, que não conseguimos sair, mas que em alguma hora vai arrebentar. Invariavelmente somos tomados por uma energia qualquer que nos empurra contra um precipício e a isso assistimos na maior passividade ou, no pior dos casos, contribuimos para o empurrão final. E o que fazer numa situação como esta? Nos deixamos levar ao precipício rezando para que não seja tão alto? Usamos uma força motriz contrária para causar atrito e impedir a queda? Ou nos deixamos assistir a tudo, ficando a cargo dos outros aquilo que poderíamos evitar com as próprias mãos? E se cairmos e a queda valer a pena?
Pretendo me anestesiar a tempo de me esquivar do tal precipício. Por que uns são rasos, mas outros não têm volta. E a bola de neve? Essa já está imensa, gorda, pesada. Rolando escadas abaixo, esperando para atropelar as borboletas que estavam passando, ainda agora, por aqui.

CRÉDITOS

Às borboletas que tanto vêm como vão.

Auf wiedersehen.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Jana X falta de tempo

É. Quase uma turista no meu próprio mundo.
Eu queria dizer que eu queria tanta coisa...
Eu queria acompanha o "Tô sem tempo" do último post, porque na verdade tudo que eu queria depende de tempo pra conseguir.
Queria poder postar diariamente aqui, e eu realmente tenho muitas coisas para dizer todos os dias mas infelizmente não dá porque passo pouco tempo na minha casa terráquea, praticamente
só chego nela para dormir as menos de 5 horas de sono que eu ainda consigo ter, e na minha obrigação cotidiana (trabalho) eu nao tenho acesso a internet, logo não posso postar NADA enquanto estou por lá as 8 horas que preciso ficar (só teoricamente. Porque geralmente elas se estendem por mais 1 ou 2 horas..)
Quando chego em casa vou pra academia. É, voltei a malhar...Tô me esforçando para não perder a motivação dessa vez. Depois vou para faculdade. Chego da aula as 22:40, tomo banho ou só troco de roupa quando não durmo no sofá e no dia seguinte, as 04:50 meu dia recomeça exatamente igual.. Igual, igual, igual.
As vezes me irrita o ritual diário e igual de todos os dias e eu tento mudar a forma de escovar os dentes ou mesmo a calçada que ando até chegar ao "trabalho" só pra me sentir um pouco diferente. ( já não funciona).
Depois de muitas tentativas eu resolvi a trocar de roupa.
De uns tempos para cá eu mudei a forma de me vestir. Vesti roupas que nunca usei antes, cores que nem gostava, mas isso era importante para que eu me sentisse "diferente".
E foi. Foram dias atipicos esses... Eu fui realmente diferente para mim e para todos que me conhecem de verdade. A mudança ocorreu de fora pra dentro também. Eu me olhei no espelho e ele me disse:
Isso não combina com você. Isso não é "você".
Mas eu insisti na experiência nova. E foi válida, sempre é..
Depois que passou essa sede de mudança, eu voltei ao espelho e de repente tudo aquilo deixou de fazer sentido. Eu tirei aquelas roupas estranhas, coloquei as minhas e percebi o valor da harmonia do estilo e das cores que estavam ali naquela imagem no espelho.
Eu sorri pra ele, ele sorriu pra mim e eu percebi como é importante viver outras experiências, sair um pouco de você para se conhecer melhor e reconhecer o verdadeiro valor em ser "único".
Na minha matemática (que definitivamente não é a mesma dos terráqueos) 2+2 não é = 4, então para mim as coisas funcionam assim:
Ser diferente = ser igual
pq
Ser igual= ser singular
E
Ser singular= ser VOCÊ
Ser você= Não dá pra descrever como é ser assim. Mas tenho certeza que ser feliz está dentro disso ai.
______________
Tetéia: Desculpa a ausência. Não quis te deixar só. O que me tranquiliza é saber que alguém faz por mim diariamente todas as ligações que EU deveria fazer para saber se você está bem. UFA...
ainda bem que você está segura. Bjo , XUXU.

Adobe, a febre


Eu sei, eu sei. O mundo está tomado pela Adobe. Adobe Photoshop, Adobe Illustrator, Adobe Indesign. Fora o Freehand que agora é da Adobe, fora o Flash, Dreamweaver e Fireworks, que são Adobe também. É o monopólio da cultura digital. E o Coreldraw? Ok, designers de plantão, podem descer o sarrafo em mim. "Como assim o Corel? Pirou menina? Isso é coisa do passado! Como uma diretora de arte vem falar em Corel?"Ok. Crucifiquem. Mas as coisas não são bem assim. Por mais que o mundo esteja dominado pela Adobe, temos que dar o crédito ao Corel.

Eu sei que o Corel era um programa feito para leigos brincarem de vetorizar e o mundo acabou transformando num programa com intuito profissional. Também sei que o Illustrator era um programa profissional que os leigos começaram a usar para brincar e que o Illustrator consegue comunicar com todos os outros programas da Adobe (que domina o mundo). Contudo, diga-se de passagem, quer seja para brincar ou para trabalhar, o Illustrator complica nossa vida. Eu ainda sei que o Illustrator era para ser uma junção mais ou menos funcional do photoshop com um programa próprio para vetor. Enfim, foi mal construído então. Apesar disso, o mundo está tomado por um febre de Adobe. Ninguém em sã consciência diz que Illustrator não presta, e não diz mesmo. Vivemos todo numa ferveção, com a temperatura gráfica elevada e ninguém consegue ver nem mesmo o defeito mais óbvio.

E todo este texto é só para dizer o quanto o Corel, apesar dos seus defeitos, é o programa mais fácil para ilustradores (minha opinião). As ferramentas são mais simples, são precisos menos passos para fazer qualquer coisa, apenas os objetos selecionados podem ser exportados, editar, mover, retirar ou acrescentar nós é menos complicado, fazer interseções também, abrir várias páginas num mesmo arquivo é possível, os atalhos são menos complexos, fazer transparências, gradiente e aplicar texturas é fácil demais, fazer powerclip, distorcer o texto, criar espirais e manipular sombras é mais fácil ainda. Mas o que realmente faz falta ao Corel é o Lens Flare do Illustrator. Sim, aquele reflexo de sol de máquina fotográfica. Se não entenderam o meu texto, podem procurar alguns tutoriais.


CRÉDITOS

À Adobe pelo Lens Flare,
Ao Photoshop pelos pincéis,
Ao Corel, por facilitar minha vida de ilustradora.

Obs.: Quem quiser pode me dar uma descompostura. Mas só se for ilustrador.
Pink e Brain (traduzindo: Pinky e Cérebro) estão por trás desta dominação do mundo. Com toda a certeza.

Auf wiedersehen.


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Preto


Hoje o dia amanhaceu cinza e eu também. Não sei se homem tem, mas mulher às vezes acorda assim, desbotada e aí sempre recorre à maquiagem para ver se ganha umas cores. Hoje foi o meu dia. Acordei querendo vestir preto por que combina com o meu astral de luto pessoal. Que triste. Mas acordei assim, como diz minha mãe, com a "pá virada", seja lá o que isso queira realmente dizer. Então, numa crise existencial tipicamente feminina, descobri que só tenho roupas pretas de dois estilos: ou blusas de ir para a academia, ou blusas de sair (à noite). Portanto, tecnicamente não tenho roupa preta, não posso sepultar meu humor. Meu guarda roupa é simples: branco, bege e verde. Cores claras, florzinhas, listrinhas, blusinhas meigas. Meus tempos de punk-rock-hard-core se foram e com esse tempo foram-se também minhas roupas pretas. Isso tudo por que hoje em dia, o preto me incomoda. Não consigo usar roupa preta de dia, por que me sinto pesada, sufocada e por que aqui faz um calor infernal. Mas hoje queria uma simples blusinha preta, preta de verdade, Cyan 100%, Magenta 100%, Yellow 100% e Black 100%. Ainda bem que no Japão e na Índia a cor do luto é o branco e isso eu tenho de sobra no guarda-roupa: que venha a blusinha branca. Fazer o quê não é?

CRÉDITOS

Aos países e culturas orientais, que usam o branco para o luto.


Auf wiedersehen.

Observação: Para quem lê este blog aviso que alguns textos inéditos estão por vir. Suspense. Seguem os futuros títulos:

- Adobe, a febre
- Sei mais
- Bola de neve

terça-feira, 6 de maio de 2008

O dia de hoje

Hoje o dia está melhor. O sol está mais cor de rosa, o azul do prédio está mais cor de rosa, a flor amarela está mais cor de rosa. Enfim, e aos poucos, a vida vem recobrando a sua cor original: o rosa. Não sei qual a cor da vida de vocês, a minha é rosa por que é uma cor que eu não visto, que eu vivo.
Acordei enrolada no meu lençol de flanela, por que amo flanela até com calor, tomei um banho frio e comi um iogurte. Fui para o trabalho a pé por que estou sem carro e realmente é muito perto de casa. Bom para as panturrilhas. Trabalhos, pits, alterações, coisas. Minha mais-que-tudo redatora me convida para provar o feijão divino de Maria. Catarina desfila mais um look saído da Vogue direto para a agência: muito bom gosto nessa menina.
Chega o almoço e vamos comer. Feijão divino mesmo. Suco de cajá perfeito. "Amiga que apartamento lindoooo!!! Ah eu também quero casar e ter um assim pra mim." Conversa de mulher. Depois do almoço, elixir bucal que mais parece ácido muriático.
Voltando pra agência o telefone toca. O resto ninguém precisa saber, só eu. O dia realmente está muito cor de rosa.


CRÉDITOS

À pessoa que sempre me liga e eu nunca atendo e que sempre é uma surpresa bem-vinda.
À minha mais-que-tudo redatora Aninha, que me deu uma flor amarela em nome da pessoa que sempre me liga e eu nunca atendo. Adorei a flor.


Auf wiedersehen.

Um dia para não esquecer

Que dia mais estranho. Aliás, que últimos dias mais estranhos. Aqui vai um relato da saga.

QUINTA-FEIRA, feriado, 01 de Maio, dia do trabalhador, dia dos 14 anos da morte de Ayrton Senna: acordo às 9 horas da manhã, mais ou menos, como um pão com mortadela para acentuar minha drástica mudança e começo a arrumar as coisas. Hoje é dia de mudança mesmo, mudança de casa, dia de sair da casa da minha tia para morar na casa da minha segunda mãe (esta é uma história longa que não vem agora ao caso, mas só para vossa curiosidade, minha mãe de verdade não morreu e eu a amo de paixão). Colocar roupas na mala, despendurar os quadros cheios de fotografias das paredes, arrumar os livros, os sapatos, os outros livros, as pastas, as almofadas e mais livros e livros. Descer as escadas com a parafernalha de coisas, colocar no meu ford ka minúsculo e seguir. Estou me mudando para bem perto, para duas ruas de distância. Mas mudança cansa.

Enfim mudada, depois de subir um vão de escadas com toda a tralha que acumulei na vida, fecho a porta, sem trancar e vou tomar banho para sair com a amiga e me divertir. Apesar das pernas estarem um caco, insisto em sair.

Downtown, 23h, chove intensamente e eu estou no meu carrinho trancada com a minha tia e minha amiga (a extra-terrena). Elas não podem levar chuva para não estragar o visual. Eu não posso para não estragar o humor. Dançar, dançar, dançar. Ninguém em sã consciência poderia imaginar que em cima de um salto de 10 cm estava uma pessoa que passou o dia subindo e descendo escadas carregada de mudança, no caso eu.

A partir da 1 e 30 da manhã a história já não interessa a ninguém, a não ser a mim claro.

SEXTA-FEIRA, 02 de Maio, imprensado, o feriado merecido para se recuperar do verdadeiro feriado. O sol intenso queima qualquer pupila, principalmente a minha. Vou dormir às 7 da manhã. Dança destrói qualquer pessoa. Acordo às 11. Como, vejo emails, orkut e essas coisas e volto a dormir. Acordo às 17h, vejo email, orkut e essas coisas, falo no msn e volto a dormir. Acordo no dia seguinte.

SÁBADO, 03 de Maio. Decido sair da minha nova casa, por que até então ainda estava na casa da minha tia, e me apercebo que perdi a chave. Juntei umas roupas, um tênis e um chinelo e saí. Deixei a porta no pega-ladrão e usei uma chave que havia na cozinha. Mas ao sair percebi que não teria como voltar por que o portão do prédio tem chave e o hall do prédio também. Peguei pouca roupa, portanto. 15 chamadas não atendidas no meu celular que teimou em não ligar o dia todo. Importante.
Cine-PE com a amiga, e todo aquele texto de crítica cinematográfica que vocês já leram.

DOMINGO, 04 de Maio. Nada o dia todo. Internet, msn, orkut. Diálogos importantes. Cine-PE com a mesma roupa do dia anterior. Pipocas de chocolate com leite moça. Filme “Chega de Saudade” (muito bom).

SEGUNDA-FEIRA, 05 de Maio. Reunião de toda a agência. Descubro que perdi minha carteira no Cine-PE, mas que encontraram com todos os documentos. Pobre de quem encontrou: nem um puto tinha dentro dela. Vou ao centro de convenções buscar. Perco temporariamente o celular, sem me aperceber. 17:25h, 3 chamadas não atendidas. Importante. Achei o celular, mas o carro não pega. Ainda bem que trabalho na rua da minha nova casa. Nada de faculdade hoje. Vou para casa, recebo uma ligação e algumas mensagens. Importante. Pinto as unhas, bato um papo e vou escrever para ir dormir.

Amanhã, ou quem sabe depois de amanhã, ou semana que vem, ou daqui a 15 dias ou um mês eu consiga perceber que estou perdendo muitas coisas em poucos dias, para ganhar outras ainda melhores para sempre.

Auf Wiedersehen.


CRÉDITOS

À minha mãe que existe para que eu possa saber o que é amar acima de todas as coisas,
A Cata por catar flechinhas, (visitem: www.catacoisas.blogspot.com)
Ao senhor Carlos Cordeiro que encontrou minha carteira,
Aos jornais, por terem horóscopos mentirosos que sempre advinham a vida da gente.

domingo, 4 de maio de 2008

Borboletas

Não sei bem se na língua portuguesa existe esta expressão, mas sei que em inglês existe qualquer coisa do gênero: "you give me butterflies". Seria algo como "você me provoca borboletas" no estômago claro. A sensação é sinistra. Realmente parece que temos algumas borboletas esvoaçando no estômago. É um misto de ansiedade e desconforto que aparece quase sem explicação. A única explicação que se tem para isso é de ordem quimico-fisio-psicológica. O corpo responde a milhões de estímulos químicos e psicológicos e transforma toda essa informação em suco gástrico direto no meu estômago (aqui entra a parte do fisiológica). E tudo isto acontece por que estamos, em algum momento do nosso dia, desarmados, sujeitos a qualquer coisa que possa acontecer. E acontecem coisas incríveis quando estamos desarmados, tudo fica mais próximo, mais intenso e consequentemente, mais cheio de borboletas. Elas são leves, mas pesam horrores no estômago. E deixam essa sensação de desconforto, impotência e vazio o tempo todo.

CRÉDITOS

A mim, que sempre estou armada e me desarmei para deixar entrar algumas borboletas,
A Jana, minha querida amiga que já me desarmou faz tempo,
A algumas pessoas que conseguiram me desarmar e aproveitar o melhor de mim.


Auf Wiedersehen.

sábado, 3 de maio de 2008

Luz, câmera, ação!

O título é ridículo, óbvio e clichê, mas o post não.

Hoje foi dia de CINE-PE. Como diz minha extra-terrena amiga, dia de alimentar a alma. Sim por que às vezes cansa só comer as ervilhas enlatadas americanas. Tudo bem que este ano os filmes que ganharam o Oscar estavam longe de ser enlatados, contudo preciso deixar aqui o meu parecer: não eram ervilhas enlatadas, mas estavam podres. Não gostei.

Este ano assisti bons filmes no Cine PE. Como sempre. Novas linguagens, mensagens sutis, olhos e ouvidos aguçados. "Dossiê Rê Bordosa", animação do Angeli (Chiclete com Banana), muito boa. Boa para dar boas risadas. O público aplaudiu horrores. Graças à minha amiga vip, ficamos na áreazinha vip da platéia, não enfrentamos fila pra entrar e me sentei ao lado do sósia de Francisco Brennand, que não aplaudiu absolutamente coisíssima nenhuma. Com certeza ele era algum diretor esperando seu filme rodar para dar a graça do seu aplauso.

"Os filmes que nunca fiz", muito bom também. Parece bem com a minha vida, mas no meu caso seria "Os livros que nunca escrevi". Tenho um sério problema de manter a linha lógica das narrativas.

"Nossa vida não cabe num opala", sensível. Com Milhem Cortaz, Jonas Bloch e Maria Luiza Mendonça. Triste, sublime, extremamente humano, derrotado. Muito bom. Cortaz se superou.
O filme tem uma cena que para mim simbolizou todo o conceito: um chão cheio de folhas secas voando com o vento. Isso me desperta duas coisas: a vontade de ser aquelas folhas sem compromisso, ser um corpo que só o vento sabe pra onde levar; a tristeza de ser aquelas folhas cujo destino só o vento pode dizer. Estranho né?

Bom, são essas as minhas considerações como espectadora. Vou ser crítica de arte.
A melhor parte da noite foi a conversa intensa e contínua com a outra extra-terráquia deste blog e rever de longe Léo Falcão, que um dia deu uma aula só para a nossa turma de 7 pessoas. Muito bons os seus desenhos de figuras rupestres no quadro.

Do mais, devo dizer que o dia de hoje me lembrou várias pessoas,
especialmente duas que não estão agora em Recife, mas que deveriam estar.


Auf wiedersehen.

Não tive tempo para pensar no título!

Pelo visto minha amiga extra-terrena está passando pelas mesmas situações que eu
simultaneamente.
Falta de tempo. Isso é uma das coisas que mais nos deprime ultimamente.
Falta de tempo para conversar, para encontrar pessoas queridas, para malhar,
para ler bons livros, para cumprir as atividades acadêmicas, para começar uma atividade nova, para não fazer nada, enfim, falta de tempo para TUDO. E parece que quando encontramos tempo para fazer algumas dessas coisas, temos a sensação de não termos feito como deveríamos. (porque na verdade foi na pressa, de última hora, na última chance...)
Refletindo, me perguntei para "o quê" vivemos se não é para nós mesmos.
Será que essas obrigações cotidianas do mundo dos terráqueos contribui para a nossa auto-realização ou só para a realização do mundo?
Ok. Uma coisa tem relação com a outra, ou seja, com o TODO, mas por que diabos o mundo sempre fica com a maior parte?


"Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional."
Trecho do texto sobre a pirâmide motivacional de Maslow -

De onde tiramos tanta motivação para realizarmos diariamente coisas que, no fim do dia, ainda nos deixam a sensação de insatisfação?

O mundo tem mais de mim. O mundo tem mais do meu tempo. O mundo me vê muito mais
do que eu mesma consigo (porque não tenho muito tempo nem pro espelho..) O mundo usufrui muito mais das minhas capacidades e habilidades do que eu mesma que sou a proprietária delas.
Ou seja, onde EU estou nessa história? Como continuar a busca pelo tão almejado auto-conhecimento se não há espaço para isso?
E ainda dedicando mais ao mundo e ao outros, abdicando da nossa maior (melhor) parte para contribuir no todo, a verdade é que a maioria de nós continua sendo somente um grãozinho de areia. Uma partícula de farelo da farinha de trigo da MASSA. Uma gota. E muitos se conformam em ser exatamente assim.
Isso é a realidade. Por isso que falta tempo. Tempo para se olhar, se gostar, se descobrir, se valorizar, se mostrar verdadeiramente e para finalmente perceber que mesmo sendo somente um grão, és um grão importante, fundamentel e indispensável. E que sem você, todo o resto será sempre incompleto.

Maslow: Não tem um atalhozinho para o topo não?

Macintosh e BIC

Um dia, praticamente inteiro, dormindo pode parecer inútil e, de fato é. Mas de vez em quando serve perfeitamente para dar uma revisada nos seus diálogos do dia anterior. E aí a gente percebe o quanto de besteira se fala e o quanto de outras tantas deveríamos ter falado.
Eis um exemplo:
Comecei a conversar (qualquer sbrubles que eu não me lembro) com um certo redator publicitário. Um ótimo redator, diga-se de passagem. E esta pessoa vem me dizer que trabalha num macbook. Mac pra mim só existe Mc Donald's e aí já começa o meu estresse.

Eu pergunto: mas por que raios um redator precisa trabalhar num mac?
Ao que ele responde: é um macbook.
Eu respondo: certo. Macbook, mac pro, mac qualquer coisa, tudo é Macintosh num é não?!
Ele responde: é sim. Você não trabalha em Mac na sua agência não?!!! (cara de abismado)
Eu digo: trabalho sim.
Ele diz: Ahh..então! Seu Mac deve ser um G5 né?

Eu PENSO: cacete, quem neste mundo vai se dar ao trabalho de ver se o Mac é G1, G2 ou G5 ??? eu pelo menos não sou dessas pessoas que sequer pensa nisso...nossa...será que é ignorância minha? ou eu tenho mais no que pensar? caramba...deve ser ignorância...eu sou super alheia às tecnologias, prefiro mil vezes um livro de história da arte...humm...(este pensamento durou uma fração de segundo)

E eu respondo: sei lá! deve ser um G5 né! a única coisa que eu sei é que ele trava o tempo todo e que meu notebook (que não é macbook) e que tem um simples windows vista não trava tanto quanto o super Mac!!!
E ele responde: Deve ser problema de memória...
E eu respondo: é não. É de Mac que não presta mesmo!
E aí...uma profunda cara de decepção se abate no rosto dele, acho que pensando "caraca, essa menina é um prego! não sabe nada de mac, como ela pode ser diretora de arte valhamenossasenhora?"

E eu PENSO: é normal qualquer pessoa perguntar à outra as configurações de um computador não é? e é super normal também que essa pessoa saiba corretamente responder a essas indagações, principalmente quando elas dizem respeito à sua própria ferramenta de trabalho. Pois então redatores do Brasil, quando vocês ainda escreviam na munheca vocês usavam caneta BIC normal, Crystal ou preferiam MOLIN???? Quando a caneta parava era falta de memória também?! coloca 512 Mb na bixinha pra ver se funciona!?

Não. Ao contrário do que possam imaginar, não fiquei nem um pouco chateada com esse tal redator. Muito pelo contrário. Ele só me fez perceber que eu não nasci pra Macintosh. Nem pra Iphone, nem pra Ipod nem pra tudo que tenha aquela maçã. Eu só gosto de comer maçã mesmo. Ele é gente boa. Para provar para vocês que apesar dele usar macbook ele até escreve bem, visitem http://www.fatosveridicos.blogspot.com/


CRÉDITOS


A Rico Lins, que é redator de Macbook e não deve usar Bic, um abraço.
A Paolo Montanheiro, que é designer e marido da minha mais-que-tudo redatora Anna Terra, um obrigado por ser o único designer no mundo que partilha o meu descontentamento com os Macintosh do planeta.
À Apple, uma larva de fruta para corroer a colheita inteira de maçãs que tá por vir e comer seu sistema operacional.

Auf Wiedersehen (corrigido pela minha irmã Germânica, Aimara, que eu amo demais.)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O dia que inauguramos nosso blog - 28 de Abril

Extra-terrenas e suas afinidades com os outros planetas:( parece que chamam isso de "astrologia" por aqui...)

Olha só a mensagem que recebemos:
28 de Abril de 2008.
28: 2+8= 10
1+0= 1
1= Início...

2008
2+0+0+8=10
1+0=1
1= Recomeço... Início.

Não. Não foi premeditado. Elas nem mesmo se deram conta que HOJE seria esse grande dia. Extra-terrenas na maioria das vezes agem sem pensar antes, é por isso que acertam tanto (ou não, na opinião dos que adoram julgar). Acertar e errar é uma linguagem que os terrenos usam por que ainda não entenderam o que significa seguir o instinto e as emoções, eles racionalizam tanto que até tomarem alguma atitude tudo já perdeu o verdadeiro sentido e então eles chamam isso de "erro". Bem, isso será abordado com mais profundidade depois. Bem-vindos vérbulas e sbrubles! Aqui é a sua casa! Então vamos lá! Hora de REcomeçar!

by: Janaína

Esse comentário foi da extra-terráquia Janaína, que ainda não acertou como postar seus próprios textos no nosso blog. Então copio para vocês todos verem o quanto, de fato, ela é extra-inusitada. O texto vai com alguns diazinhos de atraso.

Aufwiedersen.

‘A gota d’ água que vicia’

Um dia me pediram para escrever um texto. Não um texto qualquer, mas um conto cheio de vícios de linguagem que um redator nunca deve cometer. O título deveria ser “A gota d’água que vicia”. Essa gota realmente viciou. Começou a consumir meus dias de modo que a nível de sanidade mental eu poderia dizer que a minha já está bastante comprometida.
Há alguns anos atrás nunca pensei na gota. Nem nas gotas. Elas simplesmente existiam, lá nos seus habitats naturais. Mas aí, depois de desenvolver todo um trabalho publicitário imaginário em cima da venda de gotas, elas começaram a me importunar. Meus planos para o futuro eram de exterminar esse vício em gotas que começava a se desenvolver no meu cérebro. Sim, por que vícios são mentais, não físicos. Todos os dias eu criava novas formas de me livrar dessas gotinhas, que cada vez mais iam tomando o meu mundo, indo mais além nos meus limites. Todos os dias eu encarava de frente o que não dá pra encarar de costas: aquelas malditas gotinhas! Meu elo de ligação entre a sanidade e a loucura aos poucos se apagava, mas as malditas gotinhas pareciam que tiravam sarro de mim. Exultavam de alegria, tiravam o sorriso dos meus lábios e, aos poucos, eu ia escrevendo uma dramática página da minha autobiografia. Agora já é hora de dar um basta neste vício, de dar um acabamento final decente à minha história. Como que do dia para a noite, num momento de surpresa inesperada, conspurquei meu vício, me livrei dessas gotinhas que viciam. Elas nem sequer eram de substância química, simplesmente viciavam. Agora eu sou viciada em geografia. Sou completamente viciada em estudar os países do mundo
.

Aufwiedersen.

Pão com mortadela

O quarto está uma zona, e eu estou comendo pão com mortadela. Não que isso interesse a alguém, mas eu precisava de alguma coisa no texto que justificasse o título e como eu não tinha título para este texto (que eu nem sabia o que escrever), surgiu o pão com mortadela.

O quarto está uma zona por que estou me mudando. Mudando de quarto, mudando de casa, mudando de vida. Minha vida vai ficar mais simples: vou morar na rua da agência onde eu trabalho. Menos gasolina, mais dinheiro, mais coisas legais pra fazer.
Fora tudo o que está mudando por fora, tem o que está mudando por dentro. Estou galgando numa verdadeira viagem à procura do "eu perdido". Quando você se olha no espelho e não se enxerga mais, quando você percebe que tudo o que você mais admirava em você mesmo está com a tinta deslavada, é por que é hora de trocar o espelho. O espelho é que está quebrado. E você vá tratar de resgatar o brilho das cores, por favor. Eu já estou fazendo isso e acreditem, minha escala de pantone está cada vez maior.
Consegui uma melhor amiga, a segunda extra-terrena deste blog, e com ela reaprendi o que eu outrora praticava na maior das descontrações: viver sem pensar nem no amanhã nem em ninguém. Amanhã é amanhã. Então não me pergunte o que eu vou fazer amanhã, por que eu não vou poder dar certezas. "E num é que tá dando certo?" Se me chamar pra bater um prego na esquina eu tô indo. Por que agora eu estou com sede, sede de absolutamente qualquer experiência sensorial psicossomática (aulas de psicologia dão nisso). Os que participam do meu dia, percebem minha mudança. Muito poucos estão de fato carregando minhas caixas de tralha transbordando. Muito poucos estão carregando as malas das minhas novas roupas, mas os poucos que estão fazendo isso (ainda que não saibam) estão, ainda que em prestações, pagando o meu novo espelho.

à minha grande amiga, todo o amor do mundo,
à minha redatora, todos os sorrisos,
aos outros que cruzaram suas estrelas no meu caminho, carinho.

A primeira grande mudança: eu não comia mortadela.