segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A melhor ameixa do mundo

Os últimos acontecimentos da minha vida e à minha volta, provam o quanto o indivíduo se preocupa e se ocupa em seguir padrões.
Seja na estética, quando muitas mulheres fazem o maior esforço do mundo para perder-ganhar: Perder peso, medidas e ganhar admiração, novos romances e mil possibilidades;
Seja no trabalho, quando o funcionário como uma formiguinha trabalhadora, segue direitinho o manual de normas e procedimentos e assim se encaixa naquele perfil da maioria que contribui não trazendo mudanças nem inovações;
Seja na política, quando os políticos falam tanto em ética, mas o pré requisito fundamental é ser corrupto para não fugir da regra;
Seja na religião, quando infelizmente muitas dessas tão famosas e populares “casas de Deus” pregam a palavra cobrando um trocadinho em nome da lavagem, oops, da caridade ao próximo.
Seja no nosso ambiente familiar, quando as famílias tentam viver suas vidas de forma imparcial e até egoísta, pois hoje ninguém tem muito tempo para ninguém...

As pessoas querem parecer cada vez mais com as outras. Moralmente não basta mais. Existe até gente fazendo cirurgia plástica apontando na foto com quem quer parecer...
A natureza detesta igualdade. Cada flor que nasce no campo é diferente, assim como cada folha de grama. Nossa impressão digital é tão particularmente nossa que podemos ser identificados com ela. Mas o homem é uma criatura estranha. A diversidade amedronta. Ao invés de aceitar o desafio, a alegria, a maravilha da variação, em geral tem medo dela. Ou afasta-se ou procura confundir particularidade com igualdade. É como se houvesse um receio de que ser autêntico possa te fazer parecer excêntrico, logo, ser excêntrico no mundo de hoje é ser “ridículo.”
Existe uma metáfora que eu li em um livro que fala sobre o “Amor” e a riqueza do seu significado. Dentro de vários deveres nossos para termos um comportamento voltado para o crescimento no amor, essa foi a que nunca esqueci:

- Deve aprender que não pode ser amado por todos os homens. Esse é o ideal. No mundo dos homens isso é raramente encontrado. Pode ser a melhor ameixa do mundo, madura, suculenta, doce e oferecer-se a todos. Mas deve lembrar que existem pessoas que não gostam de ameixas.
Deve compreender que se é a melhor ameixa do mundo e a pessoa a quem ama não gosta de ameixas, tem a opção de tornar-se uma banana. Mas deve estar consciente de que se escolher tornar-se uma banana será uma banana de segunda categoria. Pode passar então sua vida tentando ser a melhor banana, o que é impossível se é uma ameixa, com isso, ainda arrisca-se que a pessoa amada descubra que não é o melhor e o descarte...
Mas poderá voltar sempre a ser a melhor ameixa...

Se aceitar é na verdade amar a si próprio. E isso também envolve o conhecimento de que ninguém mais pode ser você. Se tentar ser como outra pessoa, talvez se aproxime muito, mas sempre será um segundo. Mas você é o melhor você. A melhor ameixa ou qualquer que seja a fruta. Isso é a coisa mais fácil, mais prática e mais recompensadora do ser. Então faz sentido que você só pode ser para o outro aquilo que é para si próprio. Se você conhece, aceita e gosta de si próprio e de sua individualidade, permitirá que os outros façam o mesmo. Se valoriza e aprecia a descoberta de si, encorajará os outros a descobrirem a si mesmos. Não tenha medo de não ser perfeito. É tão gratificante perceber que sendo você mesmo, mesmo com defeitos, você sempre se sentirá aceito.

Agradeço à Leo Buscaglia que trouxe no seu livro “Amor” mais uma poderosa metáfora para a minha coleção.
Agradeço à pessoa que não gostava de ameixas até que experimentou uma. E hoje não gosta como prova que ama ao ponto de não trocá-la nem por meia dúzia de bananas.

_______S2________

1 comentário:

Anónimo disse...

kkkkkkk... vai nessa!